Num dia do ano 2065, os alunos desta escola foram visitar o Museu "Relembra o passado que marcou os teus antepassados", onde encontraram objectos que existiram e já não existem.
Numa sala encontravam-se cigarros e os alunos não sabiam para que serviam aqueles pequenos cilindros:
- Senhor guia, o que é isto?
- Isto... é um objecto que no passado era a distracção de muitas pessoas e, ainda, o rendimento de uns e a morte de outros!
Após a explicação do guia, os alunos mostraram o seu desagrado:
- Professor, mas o cigarro causava assim tantas mortes?
- Nem imaginas!
Na próxima sala, os alunos ficaram muito incomodados. Naquele espaço, as imagens transmitiam dor e violência...“falavam” da guerra.
- Que horror! Estas imagens são arrepiantes, ainda bem que já não existe guerra porque esta provocava emoções dolorosas.
Os alunos regressaram felizes à escola, por já não existir tudo o que viram no museu.
Óscar Cardão – nº 21 – 8º F
Telma Silva – nº 28 – 8º F
O veneno
No dia 6 de Março de 2065, fomos visitar o Museu das Recordações.
No decorrer da visita, o nosso grupo deparou-se com uma pintura, isolada das outras, com um parede só para ela.
Nesse preciso momento, fomos arrasados por inúmeras dúvidas, mas aquela cuja resposta nos suscitava mais interesse dominou sobre as restantes:
- Por que estará “sozinha”?
- Está separada das outras porque é especial – respondeu a professora.
Os alunos, intrigados, perguntaram em uníssono:
- Especial... como?
- Aproximem-se!
Assim fizemos, mas mesmo depois do nosso acto, quase involuntário, continuámos sem resposta.
- Ainda não conseguimos perceber, senhora professora! – confessámos, tentando esconder uma pontinha de vergonha que, por mais imperceptível que fosse, se encontrava patente nas nossas vozes.
Enquanto a professora se preparava para começar a explicar, nós tentávamos decifrar a expressão do seu rosto, o que não foi bem sucedido.
- É difícil responder a isso. Por norma, quando ouvimos dizer que algo ou alguém é especial, pensamos logo que se trata de algo bom, pelo qual a coisa ou a pessoa se distingue de tudo o resto. Neste caso, é exactamente o contrário. – disse a professora atrapalhada, mas prosseguiu. Há muito, muito tempo, havia um veneno a que as pessoas de antigamente chamavam “guerra”. Esse veneno era tão poderoso que, na maior parte das vezes, chegava a ser fatal. Os corpos desnudados e semi-vestidos por entre escombros e armas, o sofrimento e a dor presentes nos seus rostos pintados no quadro, onde o vermelho e o preto predominam, são uma forma de descrever a guerra. O veneno.
Estávamos atónitos com o que ela acabara de dizer. Era-nos quase impossível acreditar que tanta crueldade pudesse ter existido:
- Felizmente acabou... Não há mais motivos para nos preocuparmos. A guerra não existe mais! – terminou esboçando um suave sorriso.
E num suspiro colectivo que demonstrou alívio... continuámos com a nossa visita.
Ana Rita Teixeira – nº 2- 8º C
Inês Caldas- nº 13 – 8º C