Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

1ª eliminatória das Olimpíadas de Matemática

Apresentamos os alunos que realizaram a 1ª eliminatória das Olimpíadas de Matemática em 10 de Novembro e que foram apurados para a 2ª eliminatória que se vai realizar em 19 de Janeiro. Mais uma vez a nossa escola vai ser escola anfitriã desta eliminatória e receberá alunos de outras escolas.

Categoria JUNIOR

Alex Morais Ramos
Ana Cristina Leandro
José Pedro Gonçalves
José Pedro Magalhães
Maria Beatriz Patarata
Sara Raquel Gil

Categoria A
Patricia Raquel Lopes

Categoria B
Rafael Silva
Filipe Cardoso

Enviado por A. Teixeira

Martin e Hannah

Pena a peça “Martin e Hannah” ter passado à margem de Vila Real.
Ela evoca uma das mais célebres, interessantes, inquietantes e complexas relações (pessoais) no séc.XX: Martin Heidegger, o brilhante intelectual, um dos filósofos maiores dos últimos cem anos, o homem formado no classicismo greco-romano que tanto admirava, e crente nas figuras míticas germânicas, aderente às teses do nacional-socialismo; e Hannah Arendt, a aluna distinta, a pensadora de eleição, mais do que tudo, para o caso, a judia alemã que idolatrava o “pedagogo único” e que se vê perante um mar de contradições e angústias interiores que desafiam, como poucas, a condição humana.
A peça deixa, desde logo, a seguinte advertência, caso pensemos, exclusivamente, na biografia de Heidegger: a cultura não nos salva da barbárie.
Um homem com uma formação académica brilhante, uma cultura vasta, um profundo conhecedor dos maiores espíritos da Humanidade, um grande filósofo, não deixou de embarcar no projecto totalitário que conduziu à Shoa.
Isto reconduz-nos a uma questão que Peter Sloterdijk, em um livro polémico, “Regras para o parque humano”, coloca sobre a mesa: a crença que o projecto do humanismo – amansar a alma através dos livros, ou, se preferirmos, colocarmos as grandes obras a formar o carácter – transportava falhou. Hoje, diz-nos este autor, para lá desse momento histórico, a meio do séc.XX, que o pôs em causa, os “meios de desinibição de massas” – a saber, os telelixos, a pornografia, etc. – faz com que as cartas – leia-se, os livros – enviadas por amigos não encontrem – ou quase não encontrem – interlocutores. A solução (provocatória): o uso de antropotécnicas – leia-se, p.ex., mutações genéticas. Aí, porém, de imediato a questão do livre-arbítrio, da liberdade, ou da formação do super-homem não pode deixar de ser equacionada. E a alternativa a esse diálogo com os melhores espíritos seria, como Dante sabia, viver come brutti. Mas a advertência fica. Advertência completada, de resto, pela constatação de que o facto de Heidegger ser uma mente brilhante não o impedia de aspirar – e de nisso empenhar muito o espírito e o tempo – a salários melhores, progredir na carreira, conhecer e mover-se (também) muito naquilo a que se convencionou chamar “questões de mercearia”.
A peça retrata, principalmente, recentremos, essa perplexidade de um envolvimento amoroso entre Arendt – alemã judia – e o membro do partido nazi – Heidegger. A correspondência entre ambos não está, ainda, disponível ao grande público. Poucos a conheceram. Mas a Professora do MIT, Elzbietta Ettinger teve a ela acesso. Da leitura da obra que reflecte essa mesma troca de cartas – livro publicado em 2009, em Portugal - podemos perceber que a definição do problema é tudo menos fácil. Porque para além do rigor dos termos – a relação é amorosa, mas é, igualmente, e antes de mais nada, de Professor-Aluna; de tutoria; de admiração e veneração intelectual; de amizade; mais tarde, de interesse mútuo, paixão e admiração – nem sempre se compreende sem sobressalto o modo como Arendt desculpa o passado nada escrupuloso de Heidegger – na perseguição que ajuda a promover a alunos judeus, p.ex. -, as suas manipulações, as suas (de)negações tão pouco convincentes. O hercúleo esforço de Hannah na reabilitação da imagem de Heidegger, no pós-II Guerra Mundial, pode ainda, por outro prisma, ser tomado como afirmação de respeito próprio, de quem tenta, a seus próprios olhos, justificar um acreditar num personagem tão humanamente desagradável. E, aí, vai toda a possibilidade – no caso, impossibilidade – do altruísmo.
As hesitações, as mudanças bruscas de opinião sobre as pessoas, a relação com a mulher de Heidegger e com o seu próprio marido – uma teia de relações que cenariza, de facto, quão complexo é o mundo do humano. E para os mais optimistas, a conhecida noção de que “o amor supera o nojo”.
Uma peça que retrata uma relação que motiva mais dúvidas do que certezas, e que, por via dessas mesmas dúvidas, é tão pedagógica. Logo que esteja em reposição, convidem os alunos do Secundário a ir vê-la e a continuarem a reflexão na sala de aula. Um momento da História e de nós-outros que Primo Levi tão bem definiu como “Zona Cinzenta”.

Pedro Seixas Miranda

domingo, 26 de dezembro de 2010

Da possibilidade da interpretação

1-Tendemos a conceber a sociedade do conhecimento como um lugar de encontro vertical entre os especialistas e as massas. E, no entanto, perante um momento de crise global (ocidental), complexa, permeada por um vasto leque de causas e consequências, melhor seria que a um saber muito especializado, conseguíssemos opor ou contrapor um saber global, uma ideia geral do mundo. Para isso, o uso da interpretação – para cujo treino as humanidades seriam decisivas – mais do que o manejo de estatísticas, seria determinante. Emergiria, então, uma sociedade de intérpretes, na qual a horizontalidade ganharia corpo. Eis a proposta de Daniel Innerarity para o tempo presente.
2-A partir do séc.XVI, a Europa Ocidental foi palco de uma cisão entre elites e massas, às elites promovê-los e, através do professor, que Ernst Gellner dirá estar na base da ordem social moderna, passá-los às massas descritas como ignorantes, irracionais ou vulgares.
Se a intelligentsia, pelo auto-afastamento de interesses particulares e/ou corporativos, pôde reivindicar, durante muito tempo, esse lugar tutelar do mundo, ainda que, paradoxalmente, pelo afastamento dele, a verdade é que, sobretudo a separação entre o Estado e a Cultura, com o acesso cultural a ser privatizado, não reconhecerá outro valor que não o da preferência subjectiva. A mercantilização da cultura levará a que o que conte seja o cálculo de probabilidades do que é vendável, o que mina a autoridade do critério do intelectual. Enganaram-se, porém, os que acreditavam numa absoluta homogeneização, porque aquilo que se verificou foi, antes, uma (inesgotável) multiplicidade de ofertas que pretendia chegar a todos os nichos (de mercado). Mas é certo, todavia, que as peças perenes e imutáveis dificilmente se distinguem num tempo tão acelerado em que a novidade – e, simultaneamente, seu contraponto, a obsolescência – são marca incontornável.
Zygmunt Bauman, um dos mais importantes sociólogos do nosso tempo, diz-nos que é muito possível que a glória histórica dos intelectuais mantivesse uma relação íntima com outros traços, hoje desaparecidos, que caracterizaram os tempos modernos: as grandes utopias da sociedade perfeita, os projectos de reorganização global da sociedade, a busca de critérios normativos de verdade, justiça e beleza. A alta condição dos intelectuais enquanto agentes e árbitros do progresso histórico e guardiães da consciência colectiva do auto-aperfeiçoamento da sociedade não podia sobreviver à crença no progresso nem à privatização dos ideais de auto-aperfeiçoamento.
Dizemos de outro modo: se o relativismo é erigido, desde cima, da função tutelar da sociedade, do professor, do académico, como o único dogma, como o único absoluto que rejeita todos os outros absolutos, então o eu é o único critério e então cada um de nós se sentirá, as mais das vezes, no mesmo plano para afirmar em qualquer matéria. O que esta aparentemente benigna horizontalidade, contudo, parece agora dispensar é o tal encontro com os livros e outras formas de conhecimento que poderiam levar, aí sim, a uma possibilidade de interpretação com um fundamento sólido e real.
Sem esse confronto com os livros, com as humanidades, não teremos mais do que “achismo”, mesmo que um “achismo” auto-satisfeito.
Como nos diz o sábio polaco, de Poznan, “os intelectuais pouca coisa têm a oferecer à maioria satisfeita dos países ricos, a menos que se disponham a entrar na cena cultural comercializada, apresentando as suas ideias como mais uma simples mercadoria nos centros comerciais apinhados que vendem kits de identidades prontos a montar pelo cliente”.

Pedro Seixas Miranda

sábado, 25 de dezembro de 2010

Da Família, ao Natal

1-A época festiva que vivemos é, não raramente, dada a grandes tiradas moralistas sobre a – sobretudo em Portugal quando comparado com outros países da UE, suposta – crise da família. Sempre que ouço tão tonitruantes reparos, recordo-me de Marcos, o evangelista: “Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: ‘Estão lá fora tua mãe e teus irmãos que te procuram’. Ele respondeu: ‘Quem são minha mãe e meus irmãos?’. E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: ‘Aí estão minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe’”.
Se Deus é amor, fazer a vontade Dele significa amar. E amar os (nossos) consanguíneos, pois claro, mas não nos ficarmos por aí. Como escrevia Frei Bento Domingues para o ano (novo) de 2008, o que Jesus diz é muito simples: aprendam a fazer família com quem não é da família. Será que muitos dos que vislumbram uma idade das trevas para a instituição familiar serão capazes de ver para lá do parentesco, ou, desde que os nossos estejam bem, tudo vai bem?
2-Por outro lado, olhar para a família, hoje, significa repensar papéis, contextos, mudanças que o tempo trouxe e indagar da melhor educação para cada menino (Jesus) que, mesmo que minguadamente, vai chegando a cada casa:
- é importante, em âmbito familiar, pensar e reflectir com a criança que cresce sobre o sentido que a Vida tem – ou como pode cada vida ser significativa -, significado esse que poderá ser rochedo de aconchego e superação madura das dificuldades inevitáveis, por que todos passamos?;
- é importante edificar uma educação onde a dimensão cívica esteja presente, a preocupação com a comunidade ou o bem comum – a preocupação que ultrapassa a rede dos nossos familiares e amigos -, ou devemos (apenas?) incutir a ideia de uma formidável especialização, com vista a uma boa carreira (profissional) e a uma felicidade (privadas)?;
- sobrelevarão, nas nossas preocupações quotidianas, as questões mais pragmáticas, ou a educação pela arte fará, também, sentido? E será mesmo possível uma visão eclética, polifónica da educação, ou, tendo mesmo de optar, o que faremos?;
- conseguirei formular um continuum entre instrução e educação, em que através da história, da Literatura ou das Artes consigo transmitir valores, ou tenho uma visão estanque destas duas dimensões (instrução e educação)?;
- e quando há muito a mulher se emancipou, a igualdade de género é uma urgência, o pai já não é figura distante, e é o seu papel que porventura mais em crise ficou no último
meio século, como actuar? A este propósito, em O Valor de Educar, Fernando Savater diz que ao pai se impõe, hoje, que (ainda) mantenha a referência de autoridade tão importante à estruturação da criança, mas que, simultaneamente, se maternalize. Conseguirá resgatar a autoridade entretanto esvanecida e maternalizar-se efectivamente?

Pedro Seixas Miranda

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal Multicultural

No dia 16 de Dezembro, os formandos dos cursos de Educação e Formação de Adultos, os formandos estrangeiros que frequentam o curso de Português, na nossa escola, e os respectivos formadores assistiram ao concerto do formando Arménio que teve lugar na Mediateca. Os formandos da Europa de Leste encerraram o espectáculo entoando cânticos de Natal, na sua língua materna. Após o concerto formadores e formandos, numa manifesta confraternização multicultural, deliciaram-se com as iguarias típicas de Trás-os-Montes, da Europa de Leste e de Marrocos, e dançaram ao som dos ritmos eslavos e latinos.










Texto e imagem: Isabel Machado

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

La chorale de Noël au lycée

Ao terminar este 1ºperíodo escolar, o Grupo de Francês não podia deixar passar em branco esta quadra, à semelhança dos anos anteriores. Assim e paralelamente à "Foirefouille de Noël " que mais uma vez grangeou amigos e fãs das tradições natalícias francesas, a escola foi presenteada por um mini concerto de Natal, oferecido com toda a mestria, pelos alunos de Francês do 7º ano.
Aos pequenos cantores e músicos que nos brindaram com uma magnífica interpretação dos seculares "Vive le vent" e "Mon beau sapin" o nosso BRAVO!
Ficamos à espera de mais.



A árvore inteira feita de meias foi o cenário para os pequenos cantores.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Natal é… acarinhar quem nos acarinhou!


Os alunos da turma F do 9.º ano de escolaridade, acompanhados pelos seus professores, visitaram o Lar de Nossa Senhora das Dores no dia 14 de Dezembro, pelas 16 horas. Foram recebidos com muito carinho e atenção por parte dos utentes do lar. Estes declamaram poemas e dançaram alegremente, mostrando que a vida permanece dentro deles e para além do tempo.
Os jovens presentearam os seus “novos” amigos com uma coreografia e karaoke, e todos cantaram animadamente canções populares portuguesas.
E assim se fez Natal!


Enviado por Marília Martins e Elza Pinto

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

À Descoberta da Arte de Amadeo Souza-Cardoso e de Serralves




Alunos no Museu de Serralves, acompanhados pelo professor Hugo Bento




Entrada do Museu Amadeo de Souza-Cardoso (Amarante).

No dia 25 de Novembro, os alunos das turmas A e E do 9.º ano participaram numa visita de estudo cujo objectivo era descobrir a Arte Contemporânea, no âmbito das disciplinas de História e de Educação Visual. Para isso, de manhã, a visita decorreu no espaço do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, e à tarde, no Museu de Serralves. As fotos publicadas mostram a boa disposição em que decorreu a visita, marcada ainda pela atenta observação dos alunos não só na obra de Amadeo de Souza-Cardoso mas também nas várias formas de arte contemporânea sugeridas na Exposição "Às Artes, Cidadãos !", patente no Museu de Serralves. A visita a Serralves terminou com um passeio pelos magníficos jardins e pelo exemplo de Art Déco da Casa de Serralves.

domingo, 12 de dezembro de 2010


O papel humanizador dos professores

Se há algo de que os alunos de Filosofia das nossas escolas secundárias não se podem queixar é do facto de terem, durante o período lectivo, uma carga enorme de argumentos e contra-argumentos relacionados com todo o tipo de questões durante as aulas. Será obra apenas dos alunos?
O papel humanizador, dedicado, mas exigente dos professores tem este traço solidário de serem eles a aprender na sua vez, mas depois dar a aprender, isto é, ensinar. Não será honrado ser-se professor, saber que se está a cultivar a cidadania nos alunos, esperando que ela germine, um contexto muito maior do que simplesmente dar a conhecer matérias?
No entanto, como se costuma dizer, nem tudo são rosas. Cultivar não é sempre sinónimo de conseguir, nem de vencer. O último passo, para colher os frutos, neste caso as flores, trata-se de as cortar gentilmente e calmamente, sempre tendo cuidado com os espinhos. A responsabilidade futura de um professor situa-se na condição que o trabalho por ele desenvolvido influenciará sempre o futuro dos alunos, e para uma rosa abrir é preciso ser-se delicado.
Assim, este trabalho requer cuidado, tempo e muita disponibilidade, pois o futuro e a responsabilidade que os professores têm sobre o futuro dos alunos, apesar de não serem os únicos, será determinante no futuro do país.

Pedro Baptista, 11ºB
O Valor de Educar na perspectiva dos aprendizes de filósofos

Eu confio em vós, para que este futuro aconteça.

Eu, como mero estudante e aprendiz da vida, partilho a opinião de muitos sábios de que educar é das mais importantes formas de estruturar o carácter de uma pessoa e de definir os seus valores.
Como todos deverão saber, e bem melhor do que eu, a tarefa de educar é enorme e, ao contrário de muitos de vós, poucos terão a coragem e a preocupação de o fazer bem.
Para um mundo melhor não será de valor termos pessoas bem formadas, educadas e com vontade de fazer o acertado? Não será melhor alguém de carácter forte, com ganas de evoluir? Alguém capaz de habitar esta Terra e torná-la melhor? Pois, para isto é preciso começar do princípio, pela formação da pessoa, dar-lhe as bases necessárias para que ela possa suportar o peso da mudança, o peso do amanhã. O tipo de pessoa em que nos tornaremos depende dos valores dentro de nós e só uma educação apropriada nos dará os valores necessários para que o amanhã nasça radiante.
Eu confio em vós, para que este futuro aconteça.
André Machado, 11ºB
Excerto da obra “O Valor de Educar” de Fernando Savater

«Permita-me, querida amiga, que comece este livro dirigindo-me a si para lhe prestar um tributo de admiração e para lhe dedicar estas páginas. Chamo-lhe “amiga” embora possa ser também um “amigo”, uma vez que me dirijo a todos e a cada um dos mestres. Optar pelo feminino, nesta ocasião é mais do que um piscar de olhos ao politicamente correcto. Em primeiro lugar, porque o ensino elementar neste país está maioritariamente a cargo do sexo feminino; em segundo, por uma razão íntima, que fica suficientemente esclarecida com a dedicatória da obra e que porventura está subjacente, como oferta de amor, à própria intenção de a escrever.
No que respeita à admiração, tão-pouco há a pretensão oportunista de adulação. Considero professores e professoras como a corporação mais necessária, mais esforçada e generosa, mais civilizadora de quantos trabalham para satisfazer as exigências de um Estado democrático.»

Dedicatória da obra: “ Para a minha mãe, a minha primeira professora”.
“A criança não é um recipiente que devemos encher, mas um fogo que é preciso atear” (Montaigne).

Os testes de avaliação fazem parte da rotina escolar de professores e alunos e não raras vezes estão na origem de sentimentos de desagrado, quer por parte de alunos que são obrigados a realizá-los, quer por parte de professores que também não podem escapar à obrigação de corrigi-los…

Ainda assim, os frequentemente “mal-amados” testes podem reservar-nos agradáveis surpresas!

Neste caso, tratou-se da feliz união entre um excerto da obra “O Valor de Educar” de F. Savater, uma tarefa designada pela professora e a disponibilidade intelectual manifestada pelos alunos. Por fim, uma palavra de agradecimento a todos os alunos que reconhecem o valor de educar!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dia Mundial dos Direitos Humanos

O Dia Mundial dos Direitos Humanos comemora-se no dia 10 de Dezembro, aprovado pela Assembleia das Nações Unidas em 1948. Resultou da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos que procura alertar toda a Humanidade na luta pela Paz e pela boa convivência entre as diferentes nações, raças, credos e ideologias. O vídeo, realizado pelos alunos das turmas A e E do 9.º ano com o professor de História, procura lembrar na Comunidade os Direitos Fundamentais do Homem... para que nunca se esqueçam !

Projecto «Histórias com História»

O projecto «Histórias com História» é um projecto anual que procura promover trabalhos de investigação no campo da História. No vídeo, apresentam-se pequenos projectos realizados pelos alunos das turmas A e E do 9.º ano sobre temáticas ligadas aos finais do século XIX e primeiras décadas do século XX, menos exploradas em aula e nos manuais escolares.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Visita à Biblioteca - 7ºD

A turma do 7ºD visitou ontem, durante a aula de Estudo Acompanhado, a Biblioteca da Escola e os arquivos anexos. Assim, numa primeira parte, a professora Adelaide Jordão procedeu à apresentação deste apoio centenário que os alunos têm à sua disposição, assim como a sua orgânica. Neste sentido, os alunos receberam um folheto com informação importante sobre a Biblioteca e foram ainda sensibilizados para a sua participação no Concurso Nacional de Leitura. De seguida, o senhor Roberto, funcionário da Biblioteca, fez uma visita guiada pelos Arquivos anexos à Biblioteca, destacando o importante espólio. Num arquivo, realçou o acervo bibliográfico relacionado com as ex-colónias, tal como algumas obras de arte provenientes do continente africano; no outro arquivo, chamou a atenção para a documentação e registos datados ainda do século XIX, relacionados com a história efectiva da escola.


Registo pessoal.
Além deste documento, os alunos produziram um texto colectivo sobre a biblioteca.


Escutando a história e função da Biblioteca.



A professoa Adelaide Jordão apresenta alguns manuscritos antigos produzidos na escola.


O senhor Roberto na explicitação do espólio presente nos Arquivos.

Numa atitude teatral, houve quem não resistisse a mudar de máscara...


Texto e imagens
João Costa

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

I Concurso de Escrita “Carta a los Reyes Magos”

(Clique na imagem para aumentar)

Regulamento
CAPÍTULO I
Âmbito
Artigo 1.º

Instituição

Os professores de Espanhol das Escolas: Sec./3 do Morgado de Mateus - Vila Real, Sec./3 Camilo Castelo Branco – Vila Real, Sec./3 de São Pedro – Vila Real, Agrupamento vertical de Escolas de Monsenhor Jerónimo do Amaral – Vila Real, Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Pouca de Aguiar - Sul – Vila Pouca de Aguiar - Agrupamento Vertical de Escolas Dr. João de Araújo Correia – Peso da Régua – e Agrupamento de Escolas de Alijó - Alijó, com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Real (representado pelo Gabinete de Relações Internacionais e Cooperação), município geminado com as cidades espanholas de Benavente e Ourense, e os docentes da área de Espanhol do DLAC da UTAD promovem o I Concurso de Escrita denominado "Carta a los Reyes Magos", partindo da selecção de cartas enviadas, no âmbito da Comemoração do Dia de Reis.

Artigo 2.º
Objectivos

São objectivos do I Concurso de Escrita “Carta a los Reyes Magos”:
a) Divulgar aspectos civilizacionais e culturais espanhóis;
b) Activar conhecimentos de língua e de cultura espanhola;
c) Fomentar e consolidar hábitos de escrita;
d) Promover a criatividade e a imaginação.

Artigo 3.º
Destinatários

Alunos de Espanhol dos Ensinos Básico (Regular) - 3º ciclo - e Secundário (Regular) das Escolas organizadoras.

Artigo 4.º
Modalidades

1. Os textos serão escritos em prosa e em língua espanhola;
2. Só poderão ser submetidos a concurso textos inéditos;
3. Os textos deverão ser digitados em computador em letra Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5;
4. Os textos deverão ter obrigatoriamente um título;
5. Os textos deverão ter entre 50 e 120 palavras;


CAPÍTULO II
Organização
Artigo 5.º
Apresentação de Candidaturas
1. Os textos deverão ser entregues nas Escolas envolvidas até ao dia 16 de Dezembro de 2010;
2. Os textos deverão ser assinados com pseudónimo e entregues em envelope fechado, em cujo rosto se deve escrever I Concurso de escrita “Carta a Los Reyes Magos” e as siglas EB – Ensino Básico - ou ES – Ensino Secundário;
3. O envelope referido no ponto dois deve conter outro envelope com o pseudónimo registado por fora e com uma folha onde conste a identificação completa (nome, número, turma e escola);
4. Apenas é permitida uma só candidatura por aluno;
5. Os resultados serão divulgados a 6 de Janeiro de 2011, dia de Reis, nas páginas WEB das escolas, site da Câmara Municipal e meios de comunicação locais.

Artigo 6.º
Júri
1. O júri será composto pelos professores de Espanhol das Escolas envolvidas, presidido por um elemento do Gabinete de Relações Internacionais e Cooperação da Câmara Municipal de Vila Real – Dr.ª Cláudia Araújo – e pelos docentes do Departamento de Letras, Artes e Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Dr.ª Cátia Teixeira e Dr. José Giménez;
2. Os critérios de apreciação são os seguintes: domínio da língua, organização, coerência e coesão do texto, enquadramento na tipologia textual, respeito pelo tema e criatividade e inovação.

Artigo 7.º

Divulgação dos resultados
1. Os concorrentes premiados receberão a informação pelos professores de Espanhol da(s) escola(s) a que pertencem.

CAPÍTULO III
Prémios

Artigo 8.º
Classificação e valores

1. Apenas seis textos sairão vencedores, três para o Ensino Básico e três para o Ensino Secundário;

2. Poderá ser atribuída uma menção honrosa a outros textos, se tal se justificar;

3. Os vencedores dos primeiros lugares de cada nível de ensino terão a oportunidade de ver os seus textos publicados nos jornais escolares das Escolas participantes e jornais locais;

4. Se o júri entender que os trabalhos em apreço não reúnem a qualidade necessária, não serão atribuídos prémios.

Disposições Finais
Artigo 9.º
Aceitação das condições
1. Os concorrentes ao participarem no concurso aderem às condições presentes neste regulamento;
2. Os textos dos candidatos ficam na posse da organização;
3. Da decisão do júri não haverá recurso;
4. Para mais informações os interessados poderão contactar os professores de Espanhol das escolas envolvidas;
5. Qualquer caso omisso será resolvido pelo conjunto dos professores organizadores.

domingo, 5 de dezembro de 2010

MATEMÁTICA

Foi recentemente publicado um estudo, “Teaching Math to the Talented”, de Eric A. Hanushek, Paul E. Peterson, e Ludger Woessmann, passível de ser consultado, por exemplo, em educationext.org, no qual, apesar da ênfase ser colocada no desempenho dos alunos norte-americanos em comparação com outros alunos de países desenvolvidos, poderemos verificar a posição que Portugal ocupa neste ranking. Uma importante conclusão é a de que em Portugal a percentagem de alunos com um desempenho muito elevado a matemática não chega a 5%. Com mais de 10% (o dobro) de alunos com alto desempenho a matemática estão a Suécia, França, Islândia, Dinamarca, Estónia, Eslovénia, Áustria, China, Alemanha, Austrália, e Canadá, e ainda 2 estados americanos. Com mais do 15% (o triplo) de alunos com alto desempenho a matemática está o Japão, República Checa, Holanda, Suíça, Nova Zelândia, Liechtenstein e Bélgica. A Finlândia, Coreia do Sul e Hong Kong têm mais de 20% (o quádruplo) de alunos com alto desempenho a matemática, e, no topo, com mais de 25% (o quíntuplo) de alunos com alto desempenho a matemática, está Taiwan. Pense-se nisto quando se ouvir alguém dizer que faz falta dar um sentido aos nossos actuais sacrifícios e que é preciso olhar para experiências educativas que transcendam o nosso mundo ocidental, para podermos melhorar. Em anteriores reparos, olhamos, já, para a questão da formação de professores, como possível constrangimento para as nossas dificuldades a matemática. Hoje, continuando a recensear o que de melhor o debate e discussão públicas em Portugal vai proporcionando a este propósito, debruçar-nos-emos sobre os programas de matemática, a partir do recente contributo de António Bívar, Carlos Santos e Luís Aires, professores e investigadores portugueses, em diferentes níveis de ensino (Superior e Secundário), na área da matemática.
O primeiro aspecto para o qual os autores chamam a atenção é para a existência de uma tradição plurimilenar nos trajectos do ensino matemático, uma fonte inesgotável das estratégias adoptadas ao longo dos séculos que nos permitem evitar um experimentalismo estéril: sabemos o que tem dado resultados. Nem sempre assim relativamente a outras ciências. Assim, concluem, é uma evidência que a progressão no conhecimento matemático nunca dispensou a realização de exercícios repetitivos e a realização de problemas (word-problems, na literatura especializada) e, nestes, de problemas com diferentes elementos e finalidades: por um lado, problemas que, ainda que partindo de historias problematizadas, possam encarnar características idealizadas e, assim, corresponder a um primeiro nível de abstracção; por outro, a análise de questões directamente relacionadas com o que efectivamente encontramos no dia-a-dia. Se nenhum destes dois tipos de problemas podem ser dispensados, os autores enumeram, exaustivamente, nos programas de matemática dos diferentes níveis de ensino, a opção muito clara pelos problemas realistas, retirados do quotidiano, indo ao encontro dos interesses e da realidade – presumida e, muitas vezes, de facto efectivada – dos alunos, abdicando, largamente, da dimensão abstracta dos problemas, o que, somando-se a testes que os autores consideram fáceis – os exemplos são mesmo de Maio deste ano (2010), dos exames do 4º ano e, ainda, do segundo ciclo do ensino básico – faz com que não tenhamos capacidade para responder ao grau de complexidade de problemas postos a alunos do mesmo nível de ensino, de outros países (a comparação é feita com a Rússia). O facto de os problemas no 1º ciclo do ensino básico raramente conterem problemas com mais de dois passos, e de aí não formarem um tema independente, mas virem quase sempre acompanhados com outras tarefas – ao contrário de outros países, agora o exemplo é Singapura, com o tema do problema de dois passos a ser um item independente, logo no 3º ano de escolaridade – não contribui para melhorias. Em síntese, temos problemas verbais de poucos passos, muito orientados e acompanhados de figuras (e com enunciados quase sempre pouco criativos). A preocupação com o carácter realista deixa de lado óptimos problemas tradicionais. Também no tema das fracções este carácter realista se impõe ao treino operatório, e o problema com as fracções surge mesmo, posteriormente, nas universidades, por falhas de ensino eventualmente assim (e aqui) geradas. Também o recurso exagerado a calculadoras – denunciado por Andrei Toom – na comparação entre o ensino russo – melhor – com o norte-americano – menos bom - pode constituir um problema para nós.
Somos com Daniel Sampaio quando este aconselha famílias e escolas a debaterem as questões trazidas pelos livros e conferências que vêem sendo organizadas sob a égide de António Barreto, na Fundação Francisco Manuel dos Santos. Permite-nos compreender melhor o país e, assim, exercer uma cidadania mais consciente. O carácter excessivamente realista dos programas é um fio que liga as denúncias de Maria do Carmo Vieira quanto ao que vai mal no ensino do português e aquilo a que os denunciadores da perspectiva construtivista na educação apontam também ao ensino da Matemática. Estas e muitas outras questões emergem, quanto à Matemática, no mais recente “Fazer contas ajuda a pensar?”. Vale a pena debater em casa, na tertúlia de amigos, no trabalho e, claro, na escola.

Boa Semana

Pedro Miranda

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sida - Pequeno Momento Musical

Realizou-se, hoje, pelas 9.45h, um Pequeno Momento Musical, integrado no âmbito da Área de Projecto do 7ºA que aborda o tema da Sida. Esta iniciativa foi levada a efeito pelos alunos desta turma e de outros integrados no Regime Articulado com o CRVMVR.
Foram declamados poemas de Bárbara Ribeiro, Beatriz Patarata, António Lima, Sara Gil, José Maria Reis, Carlos Barros, Anabela Lima e Mafalda Perdicóulis, seguidos de interpretações musicais pelos duetos Alex Ramos/ Beatriz Bento, José Magalhães/ Gonçalo Capela, João Gonçalves/ Ana Leandro e António Dias/ Nuno Montezinho.



Texto e imagem
J. Costa

sábado, 27 de novembro de 2010

1º de Dezembro de 2010

O Sarau do 1º de Dezembro, organizado pela A3LC2B, teve lugar no Grande Auditório do Teatro de Vila Real. Este ano, o produto da bilheteira reverte a favor da Pediatria do Hospital de Vila Real.
A primeira parte iniciou-se com os habituais discursos da Associação dos Antigos Alunos e da Direcção da Escola. Posteriormente foram agraciados os alunos com a melhor média de curso (Francisco Gonçalves) e a melhor média na disciplina de Português (Marta Silva).
De seguida, actuaram Vaz de Carvalho, Cantares da Camilo,Os Fabba, Grupo de Bailado e Balioso Choro Pyjamãinte.
Na segunda parte, estiveram em palco as Turmas MCMLXXXVIII, Sexteto 111.111, Balioso Choro Pyjamãinte e o Fado da Despedida Com Todos.
É de destacar que todas estas intervenções foram magistralmente apresentadas pela dupla imprescindível M & M (Merenciana e Marido), com o humor sempre na ponta da língua.

Os apresentadores na dura tarefa, mas sempre conseguida, de não deixar o público ir embora. Lá mais para o final, enquanto se repastam, o público saliva...

O coro das "Crisetes" gentilmente emprestado aos Cantares da Camilo.



Um concerto de guitarra e assobio por Vaz de Carvalho e J. M. Santos.



Os Fabba e o coro de fralda.

Grupo de Ballet.



Bailado "Piaf".


Pyjamântica surpresa com alma sevilhana.


Turmas MCMLXXXVIII com África no corpo.


O Sexteto 111.111 e a música Prapular. Houve quem não resistiu e foi ao palco dar uma "virada" .

O Balioso Choro Pyjamãinte na interpretação da infiel " Laurinda, Linda, Linda".

Texto e fotos: João Costa