Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Poesia I


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Voltas da vida



Dois irmãos separados,
na vida desencontrados.
Um está numa instituição
à espera de um coração.

Um rapaz acolhido
sem a família conhecer.
Mal ele sabia que a irmã ia ver.

Uma rapariga isolada
à espera de alguém
que a trate como merece,
alguém que a trate bem.

Chegou o Natal,
altura de algo desejar.
A pequena Maria,
no orfanato todo o dia,
numa carta ao Pai Natal,
ela, triste, escrevia tudo
o que tinha a sonhar.

Podia ter desejado
uma boneca, uma bicicleta…
Mas, ao invés disso,
ela desejou uma família
com um enorme coração,
tão grande como o dela.

O pequeno Pedro
todas as noites vai rezar
para a sua família encontrar.
E às vezes, até parecia
que o cão compreendia
a situação que Pedro vivia.
Eram amigos noite e dia.

Mal os dois sabiam, nesse dia,
que a família que ao Pedro acolheu
ia acolher também a menina Maria
e juntos iriam estar, quem diria?

Dois irmãos desencontrados
que agora juntos estão.
São gémeos reencontrados
na mais perfeita união.

Bárbara Ferreira e Romão Teixeira - 7º H


Desenhar e Orar

Estava a Rita a desenhar
uma bela flor para oferecer
numa branca folha de papel
com caneta preta a condizer.

Do outro lado da casa,
estava o seu irmão,
ajoelhado em frente à cama
junto com o seu amigo cão.

Rita tentava,
muito devagarinho,
mas quando deu por si,
tinha um risco no queixinho.

Já com o pijama vestido,
ele continua a oração,
pedindo ao bom Jesus
melhor vida e condição.

Muito concentrada
continuava Rita a pintura
Só faltava os lápis de cor
para completar a partitura.

A Rita a desenhar, muito contente
o irmão a rezar concentradamente
mais um cão diferente que parece gente.


Ana Margarida e Rodrigo Leite - 7º H   





O Desenho

Menina artista,
que está a desenhar,
à espera de um lápis
para pintar.

Menina artista,
desenha em todo o lado
na escola, em casa, no carro
com o irmão muito amado.

Menino bonito,
reza por todos,
pelos pobres, pelos ricos,
pelas crianças abandonadas,
pelas pessoas incapacitadas.

Pobre menino.
A sua mãe já partiu.
Reza por ela e pelo pai,
que já está por um fio!

Acham-no estranho,
acham-no esquisito.
Mas se a inteligência matasse,
há muito que ele teria partido.

Vive num mundo
tão belo e diferente,
com a cadela Banny,
que parece ser gente.

Menina artista,
mas que desenhava ela?
Nada de especial,
apenas um menino
a rezar com a sua cadela.
                                                 

Ana Nair Reis e Duarte Sousa – 7º H

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