"É Preciso Imaginar Sísifo Feliz" Camus
Quando pensamos em Sísifo, são costumárias as ideias de sofrimento infindável e esforço heróico para enfrentar um dia-a-dia que não oferece hipótese de alteração ou repouso. No entanto, há que ver a situação de outra perspectiva: na rotina de Sísifo, tal como na nossa, o espírito humano é suficiente para lhe encontrar um sentido. Tal como nós vemos um propósito claro numa rotina -fazendo as mesmas coisas, vendo as mesmas pessoas, procedendo cada dia da mesma forma -também Sísifo tomou como o seu propósito fazer rolar a pedra até ao cimo do penhasco, tendo talvez encontrado nessa tarefa o seu objectivo de vida. Conhece cada pequeno passo do caminho e encontra alegria em pequenas vitórias com pouco significado.
E podemos ainda pensar: possivelmente ainda resiste nele a esperança de que um dia a pedra fique parada no cimo do penhasco, o que pede a pergunta - o que faria Sísifo se isso acontecesse? Como enfrentaria essa perda súbita daquilo a que atribuíra o sentido da sua existência?
Na minha opinião, voltaria a empurrar a pedra colina abaixo. Porque por herói trágico que seja, Sísifo tem o mesmo medo que muitos de nós - enfrentar uma vida sem sentido.
Marta dos Santos Silva
nº 15, 11º H
Quando pensamos em Sísifo, são costumárias as ideias de sofrimento infindável e esforço heróico para enfrentar um dia-a-dia que não oferece hipótese de alteração ou repouso. No entanto, há que ver a situação de outra perspectiva: na rotina de Sísifo, tal como na nossa, o espírito humano é suficiente para lhe encontrar um sentido. Tal como nós vemos um propósito claro numa rotina -fazendo as mesmas coisas, vendo as mesmas pessoas, procedendo cada dia da mesma forma -também Sísifo tomou como o seu propósito fazer rolar a pedra até ao cimo do penhasco, tendo talvez encontrado nessa tarefa o seu objectivo de vida. Conhece cada pequeno passo do caminho e encontra alegria em pequenas vitórias com pouco significado.
E podemos ainda pensar: possivelmente ainda resiste nele a esperança de que um dia a pedra fique parada no cimo do penhasco, o que pede a pergunta - o que faria Sísifo se isso acontecesse? Como enfrentaria essa perda súbita daquilo a que atribuíra o sentido da sua existência?
Na minha opinião, voltaria a empurrar a pedra colina abaixo. Porque por herói trágico que seja, Sísifo tem o mesmo medo que muitos de nós - enfrentar uma vida sem sentido.
Marta dos Santos Silva
nº 15, 11º H
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