Parlamento dos Jovens – O Nosso Contributo
“…na entrada imponente da Assembleia da República, sob a alçada da bandeira portuguesa, não deixámos de nos sentir incrivelmente patrióticos.”
“…na entrada imponente da Assembleia da República, sob a alçada da bandeira portuguesa, não deixámos de nos sentir incrivelmente patrióticos.”
Este ano, com o tema “Participação Cívica dos Jovens”, o círculo eleitoral de Vila Real foi representado pela Escola Camilo Castelo Branco, que elegeu as “deputadas” Filomena Bessa e Ana Cláudia Pereira e pela Escola São Pedro, que levou a Lisboa os deputados Rita Silva e Ricardo Machado. Estes deputados foram apurados nas respectivas Sessões Escolares e Sessão Distrital, na qual o projecto escolhido foi o da Escola Camilo Castelo Branco.
O Círculo de Vila Real participou na terceira comissão com os projectos dos Círculos de Viana do Castelo, Lisboa, Castelo Branco e Faro e teve a orientação do deputado do Partido Comunista Português, Miguel Tiago e da deputada social-democrata Magda Borges. Após horas de debate, o projecto aprovado na terceira
Durante o período de debate na especialidade, os jornalistas participaram numa visita guiada ao Palácio de S. Bento, passando pela Sala do Senado, onde decorreu a Sessão do Parlamento dos Jovens, e pela recentemente modernizada Sala da Sessão, onde decorrem as Sessões Plenárias da AR.
No fim de um intenso dia de trabalhos, jornalistas, jovens deputados e professores acompanhantes, assistiram a um momento musical com a brilhante actuação do grupo “Jovens Vozes de Lisboa”.
À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, a primeira parte da Sessão correspondeu ao período de perguntas, no qual deputados de cada um dos grupos parlamentares presentes na AR se disponibilizaram a responder a questões previamente seleccionadas nas comissões. Este ano, os deputados que marcaram presença foram Manuela de Melo do PS, Fernando Antunes do PSD, Ana Drago do Bloco de Esquerda, Miguel Tiago do PCP, Heloísa Apolónia do PEV. Os deputados responderam a perguntas sobre o estado do sistema educativo português, a ética da política e a importância do Parlamento dos Jovens. Os deputados apresentaram os seus discursos, após a preparação prévia das respostas, ultrapassando, muitas vezes, o tempo limite para o efeito.
No final do período de perguntas, os deputados dis
O deputado José António Seguro foi o responsável
A sublinhar nesta Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens fica a disponibilidade dos professores que nos acompanharam, sem os quais nada disto seria possível e claro do IPJ e da AR que, ano após ano, desenvolvem este projecto. Destaca-se a dedicação de tantos jovens, envolvidos no projecto durante todo o ano, na esperança de melhorarem alguma coisa no nosso país e de contribuírem para a mudança. Olof Palme considerava que “Política é querer.” Todos os jovens que marcaram presença em Lisboa quiseram e esforçaram-se para fazer política no nosso país, trabalharam para melhorar de algum modo a vida de todos. E na despedida de Lisboa, na entrada imponente da Assembleia da República, sob a alçada da bandeira portuguesa, não deixámos de nos sentir incrivelmente patrióticos.
Marta de Vasconcelos Leite
Escola Secundária Camilo Castelo Branco
Este foi o Projecto de Recomendação resultante da Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens 2009:
Recomendação à Assembleia da República
Aprovada na Sessão Plenária em 26 de Maio de 2009
Os deputados à Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens/Secundário recomendam à Assembleia da República a adopção das seguintes medidas:
1. Criação de uma plataforma nacional de centralização dos contactos, necessidades e de todos os dados das organizações de carácter cívico sediadas nas várias regiões do país, para que, no tempo lectivo destinado à disciplina de Formação Cívica, se proporcione a aplicação prática dos conteúdos leccionados. Os alunos desenvolverão, ao longo do ano, um projecto (adequado ao seu nível de ensino e objectivos individuais) com as organizações mencionadas nos dados fornecidos pelo Ministério da Educação (plataforma). Os melhores projectos a nível nacional serão premiados.
2. Criar, através do IPJ, o órgão estatal de promoção da participação cívica dos jovens, uma plataforma virtual oficial na qual os jovens possam debater, constituir grupos e formar uma assembleia consultiva.
3. Reestruturar os programas educativos, tendo em vista as necessidades do nosso país, denotando-se a urgência da participação cívica juvenil. Assim, propomos a introdução de conteúdos relativos à cultura, nomeadamente política, iniciando-se esta inserção na disciplina de Estudo do Meio no 1º Ciclo do Ensino Básico, cimentando-se na disciplina de Formação Cívica, nos 2º e 3º Ciclos, renovando-se o carácter desta, surgindo uma disciplina proeminentemente prática, com projectos e a concretização dos mesmos.
Criação de uma “quinzena cívica” para o ensino secundário, concretizada com a realização de projectos específicos para cada área/agrupamento. Estes mesmos projectos seriam divulgados em áreas estratégicas da comunidade envolvente de cada Escola.
4. Rever e garantir o cumprimento efectivo do Programa de Formação Cívica, reformulando-o e fazendo com que inclua educação ambiental e política, bem como, garantir a qualificação de professores para o ensino da disciplina.
5. Criação e divulgação de um pólo de voluntariado nas escolas, que congregue o trabalho das várias associações de voluntariado locais, envolvendo assim todos os actores da comunidade educativa (alunos, professores, pais, pessoal não docente) que podem inscrever-se em trabalhos voluntários e dinamizar diversas iniciativas. Este pólo deverá funcionar em articulação com as autarquias, empresas e outras instituições locais.
6. Acreditando que a acção do indivíduo deve iniciar-se no espaço (micro) em que se insere, propõe-se a atribuição de verbas às autarquias para, especificamente, proporcionar aos jovens os recursos necessários à operacionalização de projectos de ordem cívica nos seus municípios. Estes projectos acreditados deverão ser amplamente divulgados, com principal foco nas escolas e entidades juvenis da região, para premiar e, acima de tudo, reconhecer o mérito das Associações, e/ou indivíduos singulares, que desenvolvam acções de visibilidade no âmbito da cidadania e dos Direitos Humanos.
7. Estabelecimento de protocolos entre o Estado, os estabelecimentos de Ensino Secundário e Superior e Entidades de carácter social e cívico, que permitisse certificar formalmente os serviços prestados pelos estudantes, tornando-se “ponte” do seu curriculum profissional e académico, constituindo um factor de valorização na sua avaliação.
8. Criar espaços de participação e intervenção no Secundário através da organização de debates curriculares e extra-curriculares, com a participação de especialistas e referências dos jovens. Estas acções deverão ser centralizadas no IPJ e levadas a cabo pelos estabelecimentos de ensino.
9. A criação da Federação Nacional das Associações de Estudantes que, à semelhança do organismo similar que integra as Associações de Pais e Encarregados de Educação, seja reconhecida como parceiro institucional privilegiado do Ministério de Educação para as questões da educação e do ensino em Portugal.
10. Consideramos fundamental que Portugal, no seio da CPLP, defina um plano estratégico de cooperação. A base da pirâmide cooperativa deve ser o associativismo, a educação, a cultura, a saúde, as novas tecnologias e o voluntariado. Para além disso podem ser criadas, através de uma cooperação acertada, alianças económicas, por exemplo, através de investimentos em potencial humano, produção de energias renováveis, trocas comerciais, entre outros. Através desta cooperação, os países da CPLP podem preservar aquele que é realmente o seu grande império, a língua Portuguesa.
Os Membros da Mesa,
Presidente (Diogo Costa Guerra)
Vice-Presidente (António Miguel Arnaut)
1.º Secretário (Mara Arruda)
2.ª Secretária (Maria de Fátima Marques da Silva)
Marta de Vasconcelos Leite
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