“Diário de Bordo: Em
Be-não-se-dorme…”
Mais um ano volvido, e a tradição
volta a cumprir-se: milhares de jovens aproveitam a Páscoa e rumam ao sul de
Espanha, para viverem aquela que, como muitos apelidam, “a melhor semana das
suas vidas”.
Apesar de com umas significantes
diferenças desta tendência (que se diga), não nos fizemos exceção e partimos,
por uns belos 6 dias, para a simpática Benidorm.
A jornada começou bem cedo (ou
tarde), já passava das 6 horas da matina do dia 21 de março. Embora com alguns
percalços pelo caminho (nada que não ficasse resolvido), fizemos uma paragem em
Cuenca que, apesar de breve, nos deslumbrou com sua paisagem e com as famosas
“Casas Colgadas”. Após esta pausa, a viagem seguiu animada, dentro dos
possíveis, mas a verdade é que a malta já começava a acusar cansaço, e o facto
do “farnel da mamã” também já ter ido à vidinha, não ajudava em nada…
Já passava das nove horas da
noite (agora falando em “horas espanholas”) quando avistámos a placa
“Benidorm”, para a alegria de todos. Chegados ao hotel, com a tralha
descarregada na receção, acorremos para a sala de refeições, onde devoramos
(literalmente) o que nos ofereceram para o já tardio jantar. O resto da noite
foi calminha, aproveitando para descansar e nos instalarmos devidamente (e para
fazer umas visitinhas aos quartos vizinhos, que também é preciso).
O segundo dia foi passado no
Mundomar, um parque animal, com inúmeras espécies e espetáculos que nos
deixaram a todos maravilhados. Alguns do grupo aventuraram-se e foram ao banho
com leões marinhos, uma experiência decerto inesquecível. Tudo sem esquecer os
suricatas, que nos deixaram a todos pelo beicinho.
O dia acabou em beleza com uma
ida a um bar de karaoke, onde alguns de nós deram um verdadeiro show! (e assim
se resumem as noites seguintes, que contaram sempre com uma animação de
karaoke, apesar de nos termos “mudado” para um outro bar, que era mesmo em
frente à praia).
No sábado foi tempo de mais uma
viagem, desta vez a Valência, à “Ciudad de las Artes y las Ciencias”, onde
contemplamos a arquitetura de Calatrava, vimos espécies animais vindas dos
cinco oceanos, bem como um filme a “não-sei-quantos D”, que acima de tudo,
proporcionou uma meia horinha de sono (e bem merecida). As cantorias
repetiram-se pela noite dentro, e a festa prolongou-se, uma vez mais, pelo
hotel “en las habitaciones”…
O talvez mais ansiado dia chegou
no domingo, que foi passado no parque temático Terra Mitica, onde aproveitamos
cada minuto para estar de cabeça para baixo. Até tempo sobrou para alguns dos
mais arrojados, travarem amizades com umas múmias que por lá se passeavam...
E assim chegamos ao derradeiro
dia em Benidorm! Após uma manhã aproveitada por muitos para reporem energias, e
por outros tantos para conhecer mais da cidade e ir aos “recuerdos” para a
gente de casa, decidimos que a tarde seria passada na praia. A paisagem de
facto não podia ser melhor, mas esta visita não durou muito, pois o vento
decidiu pregar-nos uma partida (mas também será preciso comer um bocadinho de
areia de vez em quando!). A noite de despedida, sempre com toda a animação,
dividiu-se entre dois bares, porém o karaoke não podia faltar no final!
E assim terminavam as nossas
mini-férias por terras de “nuestros hermanos”, seguindo-se uma terça-feira de
viagem bem longa, de volta à santa terrinha. Ainda tentámos visitar o Vale dos
Caídos, tentativa que saiu falhada devido ao nosso atraso ao almoço.
E assim termino o meu testemunho
de uma viagem que, acima de tudo, proporcionou um agradável e sempre animado
convívio entre alunos e professores, e que fez nascer quem sabe novas amizades
e até novos amores. Ficamos a aguardar assim planos de uma próxima viagem!
Peço desculpa pela extensão, mas
garanto que ficou ainda muito mais para contar. Quanto ao título deste texto...
bem, os meus colegas saberão decerto compreender.
Maria
Inês Vale | 11.º G
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