Arco-íris
Oh Arco-Íris, porque te embalaste na ilusão? Porque não te contentaste
apenas comigo nas montanhas, onde seríamos felizes… Éramos únicos… Arco-Íris,
meu amado Arco-Íris, porque me abandonaste neste cume gelado recheado com a tua
frieza e a minha solidão? As nuvens riem-se de mim, e eu sinto-me cada vez mais
triste, mas meu querido Arco-Íris, a esperança continua a ser muita, eu
espero…espero…porém tu nunca mais vens. A lua até é simpática, contudo é um
pouco, digamos…indiferente, passa a noite a olhar as estrelas…Ah! As estrelas
são bonitas e muito gentis, mas nem todas me ouvem, tão alto, lá no céu…Que
pena, Arco-Íris!
Vou dizer-te, com toda a sinceridade, que pressinto a morte e tenho
muito medo… será dolorosa? Oh!
Arco-Íris…perguntei à estrela mais próxima de mim e ela disse, com toda
a gentileza, que não sabia… a lua limitou-se a ignorar-me. Quanto aos outros,
não me atrevo a perguntar, eles são tão maus…
Oh! Arco-Íris, por onde andas? Estou no cume, e sinto frio. É agora,
desculpa Arco-Íris…