Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Visita ao lar "Nossa Senhora das Dores", de Vila Real


No dia 28 de Novembro de 2013, a nossa turma da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, da escola secundária Camilo Castelo Branco, decidiu visitar o lar de idosos, Nossa Senhora das Dores, de Vila Real, sobre o tema desenvolvido nas aulas - atos de solidariedade, atividade proposta pelo professor Paulo Santos.
À chegada do edifício do lar, fomos calorosamente recebidos pela própria diretora, que nos guiou até aos aposentos dos idosos a quem, após termo-nos apresentado, entrevistámos e trocamos impressões.
Oito dias depois, a nossa turma juntou-se a outros colegas de EMRC e preparámos um pequeno teatro natalício para apresentar aos nossos novos amigos mais velhos, que ficaram muito contentes. No fim, todos nós nos divertimos  e partilhámos este espírito de solidariedade que nos envolve nesta época de Natal.

Ana Barros , 10ºB




ENTREVISTA
No dia 28 de Novembro de 2013, no âmbito da disciplina de EMRC, as turmas B,E,F do 10ºano, foram ao Lar de Nossa Senhora das Dores entrevistar a Diretora da instituição
Boa tarde, quantos anos tem esta instituição e porque é que lhe deram o nome de “Nossa Senhora das Dores”?
«A instituição tem 130 anos de idade e o seu nome inicial era “O Asilo”, o amparo de Nossa Senhora das Dores, devido a uma grande senhora que deixou, quando morreu, um legado para criar uma instituição de proteção a pessoas em Vila Real: a idosos e principalmente a mulheres que tenham vivido bem e que no fim das suas vidas tenham caído na miséria. O seu testamento dá a sensação de que era muito específico no que se refere a quem era para dar apoio.
Qual é a orgânica da instituição?
É uma fundação gerida por uma constituição administrativa, que administra o dia a dia, e por uma constituição fiscal, que uma vez por ano ou sempre que entende fiscaliza, mas vai haver alterações de lei.”
“As irmãs começaram a fazer parte também do lar, devido ao Monsenhor Jerónimo Amaral que fazia parte da administração e propôs à Irmã Mãe Clara que viessem irmãs para ajudar na manutenção da casa. Cá estão, portanto, desde 1989. Não é uma casa das irmãs mas é onde elas dão uma colaboração muito forte.”
Quais são os serviços oferecidos aos utentes? O Estado garante algum tipo de ajuda?  
“Alojamento – aqui é dado todo o apoio, a todas as pessoas que precisam de alojamento: as pessoas vivem aqui, dormem aqui, têm as refeições a horas, roupa lavada, enfermeiras e médicos, animação cultural… Têm uma família, que por várias razões têm muitas dificuldades ou porque não têm ou porque não é possível, e aqui tentamos que seja uma família, uma família grande mas uma família. Sim, é uma instituição ajudada não na totalidade, mas uma grande parte, subsidiada pelo Estado.”
A instituição consegue dar resposta a todas as necessidades dos utentes?
Dos que temos cá sim, tentamos fornecer-lhes tudo o que precisam. Agora, temos uma lista de espera muito grande, só podemos ter 80 pessoas.”
Acha que os utentes gostam do lar?
Sim, pois além da parte concreta (as necessidades deles, conforto, alimentação, etc), o ter com quem falar, terem carinho, pessoas a fazer-lhes companhia faz com que eles gostem muito do lar. Muitas pessoas autónomas que se inscrevem no lar dizem que tem medo de estar sozinhas, principalmente, à noite. Terem pessoas a vigiá-las de noite é muito importante para eles.”
O objetivo do lar é fazer felizes estas pessoas na reta final das suas vidas?
“É um dos objetivos.”
O esforço aplicado neste lar é gratificante?
“Eu acho que sim, pelo menos da minha parte, é complicado mas acho que qualquer pessoa que trabalha aqui gosta daquilo que faz. Uma coisa que se nota é que quando alguém falece, qualquer pessoa do lar fica sensível.”
A família costuma visitar os utentes?
Depende, há famílias que vem cá todos os dias, outras estão no estrangeiro e só vem quando estão de férias. Agora há pessoas que não têm família.”
Como é que festejam o natal?
Normalmente, faz-se o almoço como se fosse o jantar de Natal, há entrega de prendas e todo este tempo é tempo de festa.”

 Liliana Teixeira, 10º E

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