No dia 28 de Novembro de
2013, a
nossa turma da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, da escola
secundária Camilo Castelo Branco, decidiu visitar o lar de idosos, Nossa
Senhora das Dores, de Vila Real, sobre o tema desenvolvido nas aulas - atos de
solidariedade, atividade proposta pelo professor Paulo Santos.
À chegada
do edifício do lar, fomos calorosamente recebidos pela própria diretora, que
nos guiou até aos aposentos dos idosos a quem, após termo-nos apresentado, entrevistámos
e trocamos impressões.
Oito dias
depois, a nossa turma juntou-se a outros colegas de EMRC e preparámos um
pequeno teatro natalício para apresentar aos nossos novos amigos mais velhos,
que ficaram muito contentes. No fim, todos nós nos divertimos e partilhámos
este espírito de solidariedade que nos envolve nesta época de Natal.
Ana Barros , 10ºB
ENTREVISTA
No dia 28 de Novembro de 2013,
no âmbito da disciplina de EMRC, as turmas B,E,F do 10ºano, foram ao Lar de
Nossa Senhora das Dores entrevistar a Diretora da instituição
Boa tarde, quantos anos tem esta instituição e
porque é que lhe deram o nome de “Nossa Senhora das Dores”?
«A instituição tem 130 anos de idade e o seu nome inicial era “O
Asilo”, o amparo de Nossa Senhora das Dores, devido a uma grande senhora que
deixou, quando morreu, um legado para criar uma instituição de proteção a
pessoas em Vila Real: a idosos e principalmente a mulheres que tenham vivido
bem e que no fim das suas vidas tenham caído na miséria. O seu testamento dá a
sensação de que era muito específico no que se refere a quem era para dar
apoio.
Qual é a orgânica da instituição?
“É uma fundação
gerida por uma constituição administrativa, que administra o dia a dia, e por
uma constituição fiscal, que uma vez por ano ou sempre que entende fiscaliza,
mas vai haver alterações de lei.”
“As irmãs começaram a fazer parte também do lar, devido ao Monsenhor
Jerónimo Amaral que fazia parte da administração e propôs à Irmã Mãe Clara que
viessem irmãs para ajudar na manutenção da casa. Cá estão, portanto, desde
1989. Não é uma casa das irmãs mas é onde elas dão uma colaboração muito
forte.”
Quais são os serviços oferecidos aos utentes? O
Estado garante algum tipo de ajuda?
“Alojamento – aqui é dado todo o apoio, a todas as pessoas que
precisam de alojamento: as pessoas vivem aqui, dormem aqui, têm as refeições a
horas, roupa lavada, enfermeiras e médicos, animação cultural… Têm uma família,
que por várias razões têm muitas dificuldades ou porque não têm ou porque não é
possível, e aqui tentamos que seja uma família, uma família grande mas uma
família. Sim, é uma instituição ajudada não na totalidade, mas uma grande
parte, subsidiada pelo Estado.”
A instituição consegue dar resposta a todas as
necessidades dos utentes?
“Dos que temos cá
sim, tentamos fornecer-lhes tudo o que precisam. Agora, temos uma lista de
espera muito grande, só podemos ter 80 pessoas.”
Acha que os utentes gostam do lar?
“Sim, pois além da
parte concreta (as necessidades deles, conforto, alimentação, etc), o ter com
quem falar, terem carinho, pessoas a fazer-lhes companhia faz com que eles
gostem muito do lar. Muitas pessoas autónomas que se inscrevem no lar dizem que
tem medo de estar sozinhas, principalmente, à noite. Terem pessoas a vigiá-las
de noite é muito importante para eles.”
O objetivo do lar é fazer felizes estas pessoas
na reta final das suas vidas?
“É um dos objetivos.”
O esforço aplicado neste lar é gratificante?
“Eu acho que sim, pelo menos da minha parte, é complicado mas acho que
qualquer pessoa que trabalha aqui gosta daquilo que faz. Uma coisa que se nota
é que quando alguém falece, qualquer pessoa do lar fica sensível.”
A família costuma visitar os utentes?
“Depende, há
famílias que vem cá todos os dias, outras estão no estrangeiro e só vem quando
estão de férias. Agora há pessoas que não têm família.”
Como é que festejam o natal?
“Normalmente, faz-se
o almoço como se fosse o jantar de Natal, há entrega de prendas e todo este
tempo é tempo de festa.”
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