Atualmente, os seres humanos, nomeadamente os
jovens, têm dificuldade em escolher entre serem corajosos, contornando todos os
obstáculos, e conformarem-se e viverem sem qualquer tipo de ambição.
É uma verdade inegável que cada vez mais
assistimos a uma sociedade egoísta, capaz de criticar e ofender todos os que
revelam divergências, nomeadamente no modo de vida, nos ideais que defendem e
em algumas atitudes. É sobretudo nos jovens que esta dificuldade acarreta um
peso maior, uma vez que é nesta altura que nós, jovens, senhores do amanhã,
decidimos o nosso futuro.
Por um lado, a nossa vida nesta fase sofre
várias metamorfoses, visto que adquirimos uma densidade psicológica
extremamente elevada, em que tudo nos agrada e desagrada, somos consumidos
pelos sentimentos e por vezes deixamos a razão de lado. Tudo isto pode
apresentar dificuldades inultrapassáveis, que frequentemente nos obrigam a
conformar-nos, ou seja, a desistir. Consequentemente, podemos ir por caminhos
adversos, onde o álcool, a droga, o tabaco e até mesmo o suicídio podem ser a
única solução avistada. Tal é o caso de um jovem que se suicidou, em Vila Real.
Claramente que esta não era a única saída, mas o meio em que estava inserido, a
solidão que o envolveu e os obstáculos com que se deparou levaram-no a acabar
com a vida.
Por outro lado, esta fase da adolescência e da
juventude é igualmente dotada de grandes vivências, onde o convívio com os
amigos, a descoberta do amor e as aventuras são, de facto, o que faz a vida
valer a pena. Um exemplo disso são os jovens recém-formados que não se
conformaram com a escassa oferta de emprego que o país apresenta, e emigraram.
Concluindo, em minha opinião, assumir riscos
decorre não só da força de vontade de cada um, como também da sociedade em
geral, uma vez que esta tem um papel fundamental na integração dos jovens na
vida quotidiana.
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