“ Debate dos mais novos por um país
melhor”
Nos dias 22 e 23 de maio, decorreu na
Assembleia da República mais uma sessão do Parlamento Jovem. Tal como em anos
anteriores, os jovens de hoje e os futuros adultos de amanhã demonstraram
empenho e cooperação para mostrarem aos políticos que têm uma palavra a dizer, pois são cidadãos preocupados com o futuro do nosso país.
Chegados ao Parlamento, no dia 22 de
maio pelas 14 horas e 15 minutos, os jovens “deputados” dos diferentes distritos
foram agrupados em comissões e distribuídos por quatro salas. Um elemento de
cada comissão fez um discurso de apresentação ao qual se seguiu a comunicação
da ordem de trabalhos para aquela que previa ser uma longa tarde. Ao longo das
três horas de reunião (com um intervalo de 30 minutos) foram apresentadas as
medidas de cada círculo, um debate na generalidade seguido da votação do
projeto que serviria de base a cada comissão; seguiu-se um segundo debate na
especialidade seguida de uma votação e por fim a seleção de perguntas a
apresentar ao plenário no dia seguinte.
Enquanto decorria a reunião dos
jovens “deputados”, os jovens “jornalistas” realizaram uma visita ao edifício da
Assembleia da República. Foram conhecer a Sala do Passos Perdidos onde lhes foi
explicada a sua função e a sua história; seguiram para a Sala das Sessões, onde
puderam perceber como é que a as reuniões entre deputados decorriam, desde do
local exato onde se sentavam até à forma como eram realizados os debates. No
final da visita, dirigiram-se de novo às salas das comissões onde puderam
assistir ao fim dos trabalhos, que ocorreu por volta das 18 horas.
No final do dia, depois do convívio
proporcionado pelo jantar oferecido no Parlamento, deputados, jornalistas e
professores foram divididos por dois hotéis diferentes onde iriam repor e
recuperar energias para o dia seguinte.
No dia 23, por volta das 10 horas,
foi aberta a reunião plenária com um discurso do Presidente da Assembleia da Republica,
do Presidente da Comissão de Educação e pelo Secretário de Estado. De seguida,
os jovens “deputados” tomaram os seus lugares e deu-se lugar à colocação das
perguntas, por cada comissão, a cada um dos deputados dos seis partidos: Maria
Germana Rocha (PSD), Porfírio Silva (PS), Joana Morte-d ’Água (BE), Patrícia
Fonseca (CDS-PP), Ana Virgínia Pereira (PCP) e Heloísa Apolónia (PEV). Às onze
questões levantadas, os deputados responderam de forma objetiva outras vezes
mais evasiva, fugindo mesmo à questão, tendo alguns excedido o tempo limite de
intervenção. Quando saíram da sala, os deputados foram confrontados com os jovens
“jornalistas”, que abandonaram a bancada da comunicação social, para lhes
colocaram um série de questões, a fim de saber a posição de cada partido nas
mais diversas áreas.
Entretanto, na sala da Assembleia, foram
ouvidas e debatidas as dezasseis medidas, quatro por cada comissão, que apôs
aprovação e recomendação passariam a pertencer ao projeto base final a
apresentar na Assembleia da República. Dada a demora dos trabalhos, estes foram
interrompidos pelas 13 horas para o almoço.
Enquanto decorriam os trabalhos dos
jovens “deputados”, os jovens “jornalistas” fizeram parte de uma conferência de
empresa, exclusiva, com o Presidente da Comissão de Educação que durou cerca de
uma hora ao fim da qual se juntaram aos colegas “deputados” para o almoço.
Findo o período de confraternização do almoço, todos os jovens retomaram a sessão
plenária.
O período da tarde pautou-se por um
excitante debate ao qual se seguiu a aprovação do projeto que iria a discussão
ao parlamento nacional (este pode ser visto no site online do Parlamento Jovem).
Finalizada a ordem de trabalhos do
último dia, foram ouvidos os comentários e felicitações dos diferentes
círculos, o discurso do deputado Pedro Pintão e o
discurso final do Presidente da Comissão da Educação, no qual se pode dar
destaque à frase “Nunca tenham medo de arriscar”.
Quando as últimas palavras foram ditas,
os jovens “deputados” e “jornalistas” abandonaram a sala de sessões. De tudo a
que assistiram, puderam concluir que “é importante que os jovens tenham um papel
ativo na vida política”, “nem sempre as melhores medidas ganham”, “que o
Parlamento Jovem é uma competição renhida mas no fim não poderia existir melhor
convívio”.
Seguiram-se as penosas despedidas, já
com saudades das novas amizades…
Maria João Guerra Vilela
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