.
Voltas da vida
Dois irmãos
separados,
na vida
desencontrados.
Um está numa
instituição
à espera de um
coração.
Um rapaz
acolhido
sem a família
conhecer.
Mal ele sabia
que a irmã ia ver.
Uma rapariga isolada
à espera de
alguém
que a trate
como merece,
alguém que a
trate bem.
Chegou o
Natal,
altura de algo
desejar.
A pequena
Maria,
no orfanato
todo o dia,
numa carta ao
Pai Natal,
ela, triste,
escrevia tudo
o que tinha a
sonhar.
Podia ter
desejado
uma boneca,
uma bicicleta…
Mas, ao invés
disso,
ela desejou
uma família
com um enorme
coração,
tão grande
como o dela.
O pequeno
Pedro
todas as
noites vai rezar
para a sua
família encontrar.
E às vezes, até
parecia
que o cão
compreendia
a situação que
Pedro vivia.
Eram amigos
noite e dia.
Mal os dois sabiam,
nesse dia,
que a família
que ao Pedro acolheu
ia acolher
também a menina Maria
e juntos iriam
estar, quem diria?
Dois irmãos
desencontrados
que agora
juntos estão.
São gémeos
reencontrados
na mais perfeita
união.
Desenhar e Orar
Estava a Rita a desenhar
uma bela flor para oferecer
numa branca folha de papel
com caneta preta a condizer.
Do outro lado da casa,
estava o seu irmão,
ajoelhado em frente à cama
junto com o seu amigo cão.
Rita tentava,
muito devagarinho,
mas quando deu por si,
tinha um risco no queixinho.
Já com o pijama vestido,
ele continua a oração,
pedindo ao bom Jesus
melhor vida e condição.
Muito concentrada
continuava Rita a pintura
Só faltava os lápis de cor
para completar a partitura.
A Rita a desenhar, muito contente
o irmão a rezar concentradamente
mais um cão diferente que parece gente.
Ana
Margarida e Rodrigo Leite - 7º H
O Desenho
Menina artista,
que está a desenhar,
à espera de um lápis
para pintar.
Menina artista,
desenha em todo o lado
na escola, em casa, no carro
com o irmão muito amado.
Menino bonito,
reza por todos,
pelos pobres, pelos ricos,
pelas crianças abandonadas,
pelas pessoas incapacitadas.
Pobre menino.
A sua mãe já partiu.
Reza por ela e pelo pai,
que já está por um fio!
Acham-no estranho,
acham-no esquisito.
Mas se a inteligência matasse,
há muito que ele teria partido.
Vive num mundo
tão belo e diferente,
com a cadela Banny,
que parece ser gente.
Menina artista,
mas que desenhava ela?
Nada de especial,
apenas um menino
a rezar com a sua cadela.
Ana Nair Reis
e Duarte Sousa – 7º H
Sem comentários:
Enviar um comentário