AUTO da BARCA da PREGUIÇA
Chega um preguiçoso ao cais das barcas e pergunta ao Diabo:
Pre: Hou! Ó tu do rabo em bico!
Nariz de maçarico...
Onde estão os amendoins!?
Dia: Houlá, caro amigo!
Chegaste logo agora que partimos para os confins!
Pre: Confins? Nunca ouvir falar!
Mas tu andas a mangar?!
Dia: Aii! Não me chegava já um parvo.
Vem-me agora um beiçudo!
Entra aqui, ó barrigudo!
Pre: P'raí não vou eu.
Nem contigo nem com o Judeu.
Vou ter com o amigo branco
Talvez me dê o seu manto...
Chegando-se ao Anjo:
Pre: Hei! Passarinho angelical!
Vem cá abaixo que eu sou gente
Abre a porta da frente
Que eu nada fiz de mal!
Anj: Nem de mal nem de bem.
Pobre seja a tua mãe!
Ajudar, não ajudaste.
Uma caixa admiraste
E aqui te apresentas?
Pre: E as notas que eu tirei?!
Anj: De que vale a Educação
Sentada num cadeirão?
Rezaste à televisão
E a morte deixaste passar!
Tu e a tua geração...
Nunca tu amaste,
Apenas criticaste!
Tivesses mexido esse cú
E aqui entravas tu!
O Preguiçoso volta à barca do Diabo e vem chorando:
Pre: Cá vem o barrigudo
Lamboso e beiçudo...
Quem me dera ter idade
Para mudar a minha vontade...
Cá vai o barrigudo...
Lento e seboso.
Lá vai o barrigudo...
Lá vai o preguiçoso!
Dia: Sim, sim! Agora cala-te!
Entra e para o Inferno remarás,
Lá descansarás!
Guilherme Magalhães de Sousa, 9ºC
Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real
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