Deambulação…
Em minha
opinião, tal como Cesário Verde, todos partimos da realidade objetiva que nos
rodeia para uma deambulação acerca das impressões que nos causa o quotidiano. O
meu caso não é exceção, visto que me encontro várias vezes a deambular nos
lugares remotos da cidade, assim como na minha imaginação.
Em primeiro lugar, ultimamente,
deparo-me com pensamentos longínquos averiguando realmente qual o sentido da
vida, se é necessário tanto sofrimento e desilusão para crescermos e sermos
melhores pessoas, se apenas nos deparamos com a estabilização da nossa
consciência quando estamos confrontados com uma realidade dolorosa e amarga.
Perante estas perguntas, vejo-me obrigada a permanecer distante porque não
encontro respostas que me permitam obter a plenitude, sendo que a minha
apreensão face à realidade que me rodeia cada vez mais me amedronta.
Deste modo, deambulo nos recantos do meu quotidiano
à procura de alguma razão para tamanha instabilidade que vivencio, que me
desgasta e retira a objetividade da minha vida. Assim, todas as experiências
que permanecem até hoje permitem-me obter uma visão distinta da realidade, na
qual, por vezes, necessito de espaços para me dedicar à minha deambulação, tão
desejada algumas vezes.
Assim, reafirmando
o que referi inicialmente: a deambulação é necessária a partir da realidade
observada no nosso quotidiano.
Maio de 2016
Mariana
Santos, nº16, 11º G
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