Estava um dia, sisudo, talhado e sempre certeiro,
O nosso amigo Quadrado
Perdido de amores por aquela
Que se soube, chamar-se-ia
A doce Trigonometria!
O Quadrado, coitado, andava,
Suspirando em rectas infinitas,
De tão enamorado,
Arredondavam-se-lhe os cantos!
E os ângulos, coitados!
De rectos, já pouco tinham!
De resto, carecia de coragem,
Para a sua amada se declarar
Mas era certo, concerteza,
Que por ela, nada temia,
Tudo poderia enfrentar.
Juraria naquele lugar,
Enquadrar todos os Círculos,
Esses libertinos! Sempre a girar!
Cansado que estava de tormentos,
Com fúrias de gritar aos 7 ventos,
Procurou se aconselhar.
O Rectângulo, sempre amigo,
Confortou-o, e encorajou-o,
Com uma palmadinha nos ângulos
Aconselhou-o a encontrar Trigonometria
-“Quadrado meu rico amigo,
Era justamente o que eu faria!”
E o Quadrado lá foi,
Aprumado e de cantos afiados,
Mas o coitado foi infeliz,
É que a Trigonometria,
Segundo se diz,
Só gostava de Triângulos!
Cristina Freitas
In No Sótão do Pensamento II
Enviado por António Teixeira
Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real
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