Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real
sábado, 26 de novembro de 2011
Crónica
A Glória da Onda
Estava um dia radiante de sol, na praia da Nazaré, quando senti os meus pés molhados.
Olhei para o mar e vi que o tamanho das ondas aumentava cada vez mais.
Ouvi gritos de admiração por detrás das rochas, olhei repentinamente para a direita, e vi que o café Mindelo estava cheio de pessoas que olhavam para o largo oceano. De repente, o som de uma mota de água ecoou na minha cabeça. Fui pedir um danacol, porque o meu colesterol estava em crescimento (tinha comido uma sandes de presunto ao pequeno almoço).
Olhei com atenção para o mar e vi que um corajoso surfista iria enfrentar uma gigantesca onda.
Saquei das minhas chipmix, vai uma? E disse ao Ambrósio que me apetecia algo, útil como sempre, trouxe-me um ferrero rocher.
Inesperadamente, uma onda de aproximadamente 30 metros assaltou a multidão. Nela, de peito erguido, vinha um super Mário corajoso vestido à surfista. Atravessou aquele mini tsunami de uma forma original, como o Sumol (mantém-te original).
Quando saiu da água, foi aplaudido por todas as pessoas ali presentes. Nem passavam 5 minutos, quando os Guiness men chegaram de bué bué longe para felicitar o surfista.
Entrou para o Guiness Book, como o homem que surfou numa onda de quase 30 metros, a pura da loucura.
É assim que quero que seja a minha última crónica, grandiosa como esta onda!
Trabalho realizado por:
Alex Ramos / nº1 / 8ºA
Carlos Barros / nº7 / 8ºA
João Gonçalves / nº9 / 8ºA
José Reis / nº10 /8ºA /
Redes Sociais
Reparo que, hoje em dia, a vida é só à volta das redes sociais. As pessoas gastam mais tempo a “atualizar o seu estado” no facebook do que a praticar atividades que sejam gratificantes para o cérebro. Inconscientemente, estão a fazer regredir a sua maturidade. Mas, porquê? Será que é como uma droga que invade as muralhas da consciência fazendo-as desmoronarem-se?
Apesar de o facebook ter algumas utilidades, não serve para mais nada para além de desperdiçar tempo. As pessoas têm umas certas regras para usar no facebook, como não dizer o que lhes “vai na gana”, mas sim o que realmente interessa aos outros. Se essas regras não forem cumpridas, a pessoa é afastada e fica com a imagem social destruída.
Também existe um esquema muito rígido em relação à vida social. Se se gasta tempo a dormir e a estudar, a vida social deixa de existir, se se gasta tempo a estudar e a fazer crescer a imagem social, fica-se com sono; e se se gasta tempo a fazer crescer a imagem social e a dormir, tem-se más notas na escola.
Portanto, as pessoas vivem presas num mundo com medo do que os outros pensam, sem puderem viver num mundo livre.
Antónia Lima, n.º 3
António Morais, n.º 4
Beatriz Bento, n.º 5
José Magalhães, n.º 11
A Palavra
Na língua portuguesa, uma palavra (do latim parabola, que por sua vez provém do grego parabolé) pode ser caracterizada como sendo um grupo de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia ligada a este conjunto. A função da palavra é representar partes do pensamento humano.
É a língua que nos une, mas é a palavra que nos ata: em Lisboa e em Paris, em Maputo e em Amesterdão, em Madrid e em Londres. A nossa Língua é sempre a mesma sendo sempre diferente.
Palavras bem ditas, palavras benditas, palavras malditas. Palavras proibidas, com medo. Palavras imaginadas, com liberdade. Palavras inventadas, como nos sonhos. Palavras duras, fortes, como a mágoa, o exílio, a morte, o adeus.
Palavra puxa palavra. Palavrório. Palavrada. Palavreio. Palavroso. Palavrão. Em poucas palavras. Palavra de honra. Palavras mágicas. Abracadabra. Em suma, palavras.
Nem todos compreendem, mas há uma diferença muito pequena na forma como usamos as nossas palavras, que poderá fazer toda a diferença na nossa atitude e, por consequência, no nosso futuro.
“Utiliza palavras suaves e argumentos fortes.”, Jardiel Poncela.
Tenho a palavra, mas não tenho palavras…
Bibiana Ribeiro, nº 6
Mª. Beatriz Patarata, nº13
Sara Gil, nº15, 8ºA
Crónica de um mendigo feliz
Na orla de um bosque, estou eu, com sessenta anos, de avental vestido, a cortar cenouras à janela. Parei, já com as mãos cansadas de tanto trabalhar e escrevo, refletindo. Olho um mendigo por baixo de uma árvore, tremendo de frio, tentando inutilmente proteger-se da chuva grossa que cai sem cessar. O céu está muito escuro, mas é hora de almoço. Dizem que este bosque, desde há duas décadas, está assombrado. O que é facto é que morreram meus conhecidos nas redondezas. Temo. Não poderei fazer nada para o auxiliar… A chuva escorre na sua face, a água pinga do seu nariz entortado pela idade. Surgem trovões. Vejo o mendigo sobressaltado, agarrado ao tronco da árvore mais próxima. Na sua expressão vejo a justificação para não vir pedir ajuda a minha casa.
Um corajoso soldado vem parar a esta orla. Veste uma vistosa capa vermelha que o protege da grande tempestade. Tem uma simpática expressão. Ao ver o mendigo, pára. O mendigo ergue a cabeça e levanta-se subitamente. Sente-se tonto, e o soldado estende-lhe a mão e agarra-o pelo antebraço. O mendigo olha para baixo como com vergonha. Parece-me dizer algo ao homem que desmonta o cavalo. Este tira a sua capa e responde-lhe com uma expressão bondosa e compreensiva. Pousa a capa vermelha sobre os ombros do mendigo. Um sorriso largo desenha- -se no rosto deste. O mendigo abraça impulsivamente o soldado… O sol surge por entre as nuvens escuras… Não poderá haver explicação para isto. O soldado monta o cavalo e acena ao realizado mendigo. Desaparece, ao longe, por entre as árvores do bosque.
Desapareceu o nobre soldado, apareceu uma luz dentro da minha alma.
Ana Leandro
Gonçalo Capela
Mafalda Perdicoulis
Nuno Montezinho
8ºA
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