As Novas Oportunidades são já uma realidade e, quer se aceite ou não, fazem parte do vocabulário e do quotidiano de muitos portugueses. De facto, as pessoas formatadas para conceber, apenas, a aprendizagem formal, encaram-nas com grandes reservas e até com desconfiança: Como é que alguém com menos de metade das horas de formação, relativamente ao ensino regular, poderá desenvolver as mesmas aprendizagens/competências? A resposta é simples! Quem procura formação nestes cursos não quer nem precisa desenvolver o mesmo tipo de aprendizagens/competências. É errado pensar que pessoas que, por diversos condicionalismos, não conseguiram concluir os seus estudos na idade “considerada própria” para o fazer, procuram, mediante um regresso ao passado, recuperar o tempo perdido e fazer o mesmo percurso.
São pessoas… com sonhos… com ambições… e que não cruzam os braços. Mas porque têm que conciliar a vida profissional com a pessoal, aumentar as qualificações é, muitas vezes, um “projecto de vida” adiado. Acreditam nas suas capacidades e sabem que nunca é tarde para “aprender”, embora cientes que, agora, o percurso tem que ser diferente. Para estas pessoas as “Novas Oportunidades” surgem como “ouro sobre azul”.
Nestes cursos o adulto obtém o reconhecimento das competências adquiridas, em contextos informais, ao longo da vida e, ao permitirem elevar as qualificações de base, são também uma forma de justiça social. Induz o reconhecimento individual da capacidade de aprender e possibilita a aquisição de competências e níveis de qualificação que promovem o sucesso e a empregabilidade.
É uma formação norteada pela valorização e mobilização de saberes culturais, científicos, tecnológicos, e, pelas práticas e experiências de vida dos formandos como forma de abordagem das situações/problema. Tem em linha de conta o ritmo de cada formando numa lógica de diferenciação, consolidação de percursos de auto-aprendizagem, reflexividade pessoal e formação individual.
“Ao longo do curso abordámos assuntos de grande utilidade, como por exemplo que as futuras gerações têm o direito de ter um ambiente, pelo menos, igual àquele que nós recebemos e que por isso temos o dever de proteger o ambiente. E hoje sei que a mudança tem que começar por mim! Após as competências desenvolvidas nos temas Abertura Moral e Ética considero-me uma pessoa mais coerente, com uma mentalidade mais aberta, que aceita melhor as diferenças e que sabe que tem de respeitar “o outro”, se quer ser respeitado. Muitas foram as reflexões…mas também as gargalhadas… Agradeço às formadoras, principalmente, pela paciência e pela preocupação em fazerem, de cada um de nós, uma pessoa melhor”, Marcos, 24 anos.
“Esta oportunidade de concluir o 12ºano, através das Novas Oportunidades foi muito importante porque de outra forma, devido à minha idade e à dificuldade em conciliar os estudos com a vida profissional e pessoal, seria impossível. Gostei muito porque me ajudou a mudar a maneira de ver e compreender o “mundo”. As formadoras promoveram o debate, a troca de experiências e de saberes, e procuraram desenvolver competências com aplicação prática, o que constituiu um verdadeiro enriquecimento para mim, com inevitáveis implicações no meu dia-a-dia”, Lucília, 52 anos.
Faz como a Lucília e como o Marcos, não desistas dos teus sonhos!...
Isabel Machado
1 comentário:
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