Adeus, parti...
Nascemos, partimos, sempre protegidos…
Chorávamos e suplicávamos
E sempre havia lá alguém:
O conforto e o bem eram servidos.
Mas chegou a hora da dolorosa partida!
Com o seu belo rosto de anjo, ela olhava,
com esperança,
Uma esperança que me susteve algum um tempo.
O seu olhar dorido doía-me ,
Via na sua íris todas as vivências,
O longo, doce cuidar.
Porém, chegou ao fim.
Percebi que era vinda
a hora de tão ímpia partida.
Tinha que seguir o meu caminho,
novas vivências encontrar.
Olhei para ela e vi
um rosto com sinais de amor.
Amor, e em cada traço da sua face
sobressaía uma tristeza imensa…
Em cada expressão eu via
Aquele apelo a Deus,
Como se uma parte dela
Lhe estivesse sendo arrancada…
Suplicava piedade!
Tortura de sentimentos,
o olhar transformado em lágrimas...
Senti meu coração pequeno
e, já de olhos molhados:
- "Mãe, dá-me asas p’ra voar!
Levar-te-ei como chaga no meu coração
e minha dor revelar-se-á,
sempre que tua face aparecer
nas brancas nuvens!"
Com um beijo cravado na face parti,
sem destino ...
Ainda com o meu coração pequeno
e memórias dos sinais de amor
naquele rosto da minha mãe, tão doce,
segui para o mundo...
Ana Patrícia Martins, nº2, 10º A
Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real
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